Fascinado com a beleza do filme a "A Montanha Sagrada" do chileno Alejandro Jodorowsky (criador de Fando e Lis). É dificil falar, mas, sentir... isso é outra coisa! Um filme que a religiosidade e a hipocrisia do brasileiro jamais permitiria ser exibido comercialmente. Mas aqueles que compreenderam o cristo na sua amplitude conseguem percerber a crítica e a subversão proposta pela obra. Teatral e Performático o filme coloca o próprio cinema em questão estimulando o envolvimento do espectador através de linguagems visuais e sensoriais. As obras contidas na obra são muito bem trabalhadas fazendo com que os capítulos funcionem separadamente. Um grande aprendizado. Obrigado Jodorovski por ter me arrebatado destas artes impostas e ter me feito ver o mundo como é! És um anjo! veja: https://www.youtube.com/watch?v=HHiA3w6Y3KA
segunda-feira, 25 de março de 2013
sexta-feira, 22 de março de 2013
Um guerreiro branco por uma leitura branca
Como devo me comportar diante de um
texto? O teatro é como água, deve se desenhar conforme as linhas do seu corpo. O
teatro deve fluir, o artista deve digerir teatro, ser apenas. Ser aculturado de
qualquer sistema. Artista e água batem, se batem e debatem esculpindo algo que
pode ser que “algum dia” venha se tornar arte.
Sempre que inicio a leitura de um
novo texto preciso amarrar alguns pontos em relação a ele, a mim, ao dramaturgo
e ao grupo que se uniu com aquele propósito. Então nós atores, falsamente
despretensiosos, caímos no mito: “A Leitura Branca”. Não dá simplesmente para
ligar o botão da leitura branca como se aprende, compreende, no curso de
teatro. Acredito que você tem que deixar técnicas e métodos se acostumarem ao
seu corpo. Depois de um determinado tempo fica impossível para um ator não
pegar um texto que leu 1 ou 2 vezes e colocar várias intenções, dramatizando
falas, construindo a leitura dramática. Poderíamos ler dramaticamente e ainda
pesquisar as palavras e assuntos de cada movimento do texto? De fato o que não
se entende deve ser lido com o mínimo de intenção, mas, o que já se compreende
fica oco e seco se você fica tentando “brigar com a água”.
Se existem intenções a serem exploradas,
“explore”! Este é o momento “Sherlock Holmes”
do trabalho, investigue! Investigue exaustivamente, mas, com cuidado. Pois
investigar também pode ser uma viagem marítima sem volta e, nesse momento, o
retorno de volta à praia é muito importante. Intenções do dramaturgo, intenções
do assunto, intenções de cada personagem, de cada cena, de cada frase e
palavra, as intenções do diretor, de cada ator, suas intenções em relação ao
trabalho, as intenções do grupo... Brinque, brigue, siga as rubricas, mas, em
sequencia chore onde tem escrito risos, gritos, aqueça a voz regule a postura na
cadeira e “meta o aço a ler”. Mas, seja branco, não na técnica, mas no seu
estado investigador. Seja um “guerreiro branco”. Branco pode ser uma imagem de
um recipiente vazio, mas, também, pode ser de um recipiente transbordando.
quinta-feira, 14 de março de 2013
" O propósito do teatro é fazer o gesto recuperar o seu sentido, a palavra, o seu tom insubstituível, permitir que o silêncio, como na boa música seja também ouvido, e que o cenário não se limite ao decorativo e nem mesmo à moldura apenas - mas que todos esses elementos, aproximados de sua pureza teatral específica, formem a estrutura indivisível de um drama."
Clarice Lispector
Clarice Lispector
terça-feira, 12 de março de 2013
Jerry Lewis
Trabalhando na montagem de Guerras Palhaços e Formigas conheci através do diretor Rogério Ferraz o fantastico Jerry Lewis. Rogério é fã e é um erro para um ator não conhecer o trabalho desse que é um dos gênios da comédia e do cinema. sua interpretação não deixa passar nada, nenhum objeto ou pessoa, ele muda de estados com facilidade e quando é sério é extremamente sincero a ponto de emocionar. Tenho ultimamente me deliciado com seus filmes e tentando afinar meu personagem na peça que pede tempo de comédia e espontaneidade nas ações.
Ir ao Teatro"
Ontem 11 de março apresentamos (Facetas) "A Ida ao Teatro" no Circuito Ribeira. Estavamos sem fazer o espetaculo desde 2010 retomanmos esse ano e estamos novamente com essa brilhante comédia de Karl Valentin. Claro que demos a esse trabalho a cara do Facetas, é com muito carinho que faço a personagem "Marta" que me fez trazer muitas referencias da minha mãe e tias. Rodrigo Bico interpreta o "Luiz Otávio" e foi muito bom ver que ainda estamos afinados no jogo do espetáculo. Discutindo o que é ser mulher e o que é ser homem o espetáculo é muito atual além de criticar o "ir ao teatro" como um evento social para o ego próprio mais do que para a arte. em breve retomamos a temporada em nossa sede o Tecesol.
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