segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Forum de Performance, Bodeart.

Na última terça feira, 03 de agosto, houve mais uma edição do “Fórum de Performance Bodeart”. Os artistas já reconhecem o evento como uma ação de grande importância para a performance da cidade. O encontro com poucos participantes se estendeu durante 2 horas no qual foi abordado apenas um tema, que pareceu fundamental para o que já vinha acontecendo no fórum anterior (13/07). Foi colocado a necessidade de termos um manifesto, um documento que mostre nossas opiniões e nossas reivindicações para a performance. Essa idéia prevaleceu no encontro do dia 3 de agosto e a discussão foi toda voltada para o tema, “Manifesto para a Performance Potiguar”. Vou colocar em tópicos o relato feito na reunião.

Discutimos a necessidade de entendermos toda a história da performance no RN, para construirmos a idéia política do documento. No próximo encontro serão disponibilizados textos que falam dessa história. Conhecer o trabalho do Poema Processo, do Teatro Mágico, Festival do Forte, Gato Lúdico, Coletivo Oxente e de tantos outros será essencial para criação desse documento.

Discutimos a falta de políticas públicas para a performance que não oferece nenhum tipo de apoio para montagem, pesquisa, circulação e manutenção dos artistas e obras da cidade. Nesse ponto, cabe criticar o formato dos atuais editais de arte que tentam contemplar o artista de performance. Na verdade podam o artista de performance, que é uma linguagem muito ampla e que precisa de liberdade criativa.

Apontamos também a necessidade de se criar espaços que contemplem a apresentação de performances, que ofereça total liberdade para o artista fazer seu trabalho pelo tempo que for necessário.

Colocamos a necessidade de discutir a Lei que proíbe apresentações na rua, só permitindo quando há uma autorização da Prefeitura. Concordamos que para uma organização da arte na rua a Lei pode ajudar, mas por outro lado não temos nenhuma política cultural que valorize e fomente o artista da rua. Assim, a Lei que deveria proteger o cidadão soa como uma proibição da arte na rua, coisa de ditadura. E toda ditadura deve ser combatida.

Concordamos que uma Lei deveria proteger os nossos órgãos culturais e não permitir que pessoas sem qualificação artística assumam as cadeiras de presidente ou qualquer outro cargo da instituição.

Queremos o reconhecimento da performance em todas as áreas de pesquisa e o quanto a performance está presente desde o primitivo.

Queremos que os artistas de dança, teatro e música tenham acesso a oficinas e cursos de performance. E que a performance seja discutida por eles em suas oficinas e estudos, e assim, outros alunos de arte conhecerem pelo menos um pouco sobre performance.

O preconceito estabelecido na performance deve ser combatido através de ações pedagógicas, com crianças, jovens e adultos. A educação do futuro visa trabalhar com o aprender a fazer, a conhecer, a conviver e a ser. E o estudo da linguagem da performance é um caminho importante para o amadurecimento desse eixos.

No próximo encontro, dia 31 de agosto, terça feira, o tema manifesto continua.

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